Nota: texto sem sentido e sem edição. Confuso do começo ao fim.
Uma pessoa da geração Y vai ter um dúzia de dez empregos e mudar de carreira algumas vezes. Eu já fiz duas mudanças de carreira e vou fazer a terceira na próxima terça-feira. Me perdendo pra poder me achar - adoro essa próclise "errada" que a gente faz, me faz mais brasileiro que jogar futebol - é o mote que me guia, ou não.
Pois é. Novamente de mudança. Nesses últimos meses eu desaprendi tudo que tinha para desaprender. Tive meu diploma cassado extracurricularmente (existe?). Quis chorar e voltar pra casa. Quis largar tudo e morar em Alto Paraíso, numa dessas comunidades que se auto sustentam. Quis mandar o mundo catar coquinho. Mas encontrei colo onde eu procurei, e foi um alívio danado.
A ideia de escrever esse post veio como todas as outras: desabafar. Escrever à mão é cada vez mais cansativo, e digitar faz parecer que estou fazendo alguma coisa importante. E além disso tudo, não sei qual a maneira certa de procurar terapia. Porque eu sei que preciso de terapia.
Eu sou calado. Queria entender por quê. Talvez por me achar superior. Ou por medo de errar. Ou por que eu detesto pessoas que sabem de tudo, e eu acho que sei de tudo - um pouco de tudo. Ou por eu ser malcriado. Ou por ser altista sem diagnóstico confirmado. Ou por querer achar sentido nessa vida vazia e sem sentido. Ou por não me interessar nos assuntos de que as pessoas falam. Ou por que eu falo sozinho com a TV. Porque eu só quero falar o que seja relevante. Porque eu quero ser relevante.
Vinícius disse que tinha gente por aí que fala, fala e não diz nada. Sou fã desse cara. Porque ele foi relevante. Foi um dos que popularizou um coisa que a gente pode dizer que é nacional. Por causa da Garota de Ipanema. Por dizer que o whisky é o "cachorro engarrafado", o melhor amigo do homem.
Mas o post é sobre amigos. Eu não sei cultivar amigos. Não gosto de incomodar, então não visito se não for convidado com data e hora, e raramente ligo. Fico na defensiva quando me dão conselhos. Não dou conselhos.
Eu gosto de cães. Mas me comporto como gato: indiferente, sozinho, pobre. Só falta ser livre, como na música.