terça-feira, 22 de junho de 2010

That bad

I could have been a sailor, could have been a cook
A real live lover, could have been a book
É um ciclo isso aqui. Um post depressivo, um de outro de cultura geral (eu boto uma música e digo que é cultura geral) e um mais animado, tipo "agora vai".

O problema é que nunca vai. Ou sempre vai. O problema é ser de uma vez e não a conta gotas. O problema é a neblina desses dias em que eu acordo pra dormir. O problema é não ter problemas. É nunca levar os tapas que eu mereço por causa dessa minha cara de coroinha.

Enfim, tenho um problema pra resolver: a falta de problemas. Incomoda porque é como se eu não tivesse nada pra fazer. E aí eu fico com aquela pergunta, de qual é o sentido disso aqui? Dessa vida, dessas coisas que eu faço todo dia. Fico me perguntando o que me prende, onde eu posso me encostar.

Tem dias em que as respostas assustam. Hoje foi outro dia desses.


3 comentários:

Endie Eloah disse...

Sabe qual é nosso grande problema?

É não saber resolver nosso grande problema em procurar ter problemas e transparecer não tê-los.

Estamos sempre em busca de desafios, de superação.

São bárbaras e encorajadoras aquelas histórias de tirar as lágrimas dos nossos olhos diante de um powerpoint, de comover nossos corações diante de um dos vídeos do youtube, ou até mesmo (há quem arrisque a tal ponto) nos emocionar diante de Gugu ou Fantástico (ambos no mesmo patamar para mim).

Quando me vem a síndrome da autopena (Georges, não é um fora que te dou não. É porque o ser humano - e como tal, incluo-me naturalmente) começo a reparar no quantum de oportunidades que tenho - e no tamanho da minha barriga cheia.

Não falo apenas da questão material (até porque não estou no nível que quero, ainda), mas moral mesmo.

Em épocas de calamidade pública é a "melhor" hora para fazermos tal análise.

Gente, é um horror saber que eu vou pra cama quentinha todas as noites e tem gente que não tem nem esperança de voltar pra casa (porque não tem mais casa devido às chuvas).

Mas eu crio um problema interno se começar a perceber que não tenho problema digno de ser chamado de problema e fico neurótica.

O que não é legal ;)

Na verdade, o que eu poderia fazer é aproveitar pra ver o quanto meus problemas são "pobremas".
Ou seja, é hora de apontar o dedinho pra dentro do peito e dizer: Acorda, moça!

Porém, fica só nisso? Naaaada!
Acorda e não deixa a oportunidade passar.

Sabe qual a melhor terapia pra esses momentos de "autoflagelação", Georges?

Trabalho voluntário.

Rapaz, é um revigorante natural mais forte do que qualquer programa de televisão, powerpoint ou youtube.

Vemos o quanto podemos nos ajudar ajudando o outro.

Procura fazer isso.
E veja como faz diferença. Pra você e pro outro.

Não precisa começar logo num hospital do câncer (até porque para tal nível, tamanho coração... já visitei e digo que é de lascar o pobre coração... quem sabe depois de algum tempo).

Comece do simples mesmo. O que você quiser e puder.

Acho que vai dar uma inflada positiva no seu ego.
Aí, seu post vai virar "That good". ;)

Unknown disse...

Endie! Você faz jus a esses cachinhos mesmo: é um anjo! Obrigado pelo comentário; sempre fazem bem pra mim.
Já tive essa ideia do voluntariado, só não sei por onde começar.

Esse post é resultado de um fim de semana prolongado em casa, só e sem nada pra fazer; geralmente não faço nada que se aproveite. Mas passa, é só ocupar a cabeça.

Beijo!

Endie Eloah disse...

Oooooow, Georges =DD

Bem, não sabe por onde começar?

Primeiro começa a se perguntar que tipo de atividade gostaria de fazer com paixão, com prazer, voluntariamente.

Aí já é meio caminho andado.

E depois, em que tipo de lugar poderia ser feito. ;)

Então, começa a procurar na net ou pelos amigos onde poderias ter acesso a isso :)
Beijoo!!